No período mais intenso da pandemia da Covid-19, a Odontologia foi classificada como um serviço essencial e os dentistas continuaram seus atendimentos.
Neste contexto, ficou evidente que o risco de contaminação dos profissionais era grande, pela proximidade com os pacientes e o contato com fluidos orais e formação de aerossóis, durante os procedimentos. A situação trouxe à tona uma abordagem que já estava circulando no Brasil e também no exterior: a necessidade de se implementar normas de biossegurança mais rígidas nas clínicas odontológicas. A mudança foi providencial. É que, até aquele momento, a questão era considerada critério de cada profissional.
Com a pandemia, esse cenário mudou e passou a não haver mais escolha. Foi preciso aderir aos protocolos.
E, assim, evitar aglomeração de pacientes na sala de espera, usar gorros descartáveis, protetores de pés, máscaras e aventais, além da desinfecção de todo o ambiente após cada atendimento, entre outras, passaram a ser condutas-padrão.
Como consenso geral, hoje, entende-se que toda a sociedade deve se unir em favor do coletivo. E os serviços odontológicos, por sua vez, não fogem a essa regra. Veja que bacana: as universidades e demais instituições de ensino que oferecem cursos para dentistas incluíram disciplinas que tratam do tema da biossegurança!
Pois é, mesmo após vencida a batalha contra o vírus, garantir a segurança de dentistas, auxiliares e pacientes deve ser prioridade.
Para ajudar na compreensão deste tema, conversamos com o Dr. Luiz Nantes, mestre em Implantodontia, especialista em Prótese Dentária e consultor científico da S.I.N. Implant System. Ele aponta as práticas que devem ser mantidas na rotina dos consultórios para garantir o bem-estar geral.
Para começar: informe o paciente!
Estabelecer um diálogo franco com seus pacientes é sempre o melhor caminho para a adesão das novas regras. Em caso de questionamentos, vale deixar claro que vivemos dentro de um novo padrão de segurança no atendimento odontológico e que os protocolos criados vão garantir maior segurança e tranquilidade para todos.
Na triagem e agendamentos
O Dr. Luiz Nantes recomenda que os pacientes suspendam a ida ao consultório caso percebam algum sintoma de infecção respiratória, assim como qualquer outro sinal incomum. Se a suspeita de contaminação for confirmada, é prudente adiar a visita ao dentista em, pelo menos, vinte dias. Prevenção é a palavra de ordem!
Espace os horários
Outra recomendação valiosa é procurar agendar os atendimentos com maior espaçamento entre os horários. O movimento de pessoas na sala de espera é desnecessário, concorda? Se estiver com dúvidas sobre o intervalo a ser reservado para os procedimentos, uma boa estratégia é anotar o tempo de permanência para cada tipo de atendimento, incluindo a montagem e higienização dos equipamentos usados. Assim, será possível planejar com eficiência o número de pacientes por dia.
Máscaras: elas vieram para ficar!
O Dr. Nantes acredita em uma nova “etiqueta social” que extrapola a área da saúde. Ele cita o caso dos países orientais, onde a população tem o costume de usar máscaras há tempos.
Diante de tudo isso, vamos combinar que toda a equipe do consultório deve dar o exemplo. Com todos devidamente paramentados, os pacientes também vão se sentir estimulados a manter o uso de máscaras.
Nos ambientes da clínica
Além da limpeza convencional, é interessante adotar o hipoclorito de sódio 1% ou álcool isopropílico 70% na higienização das superfícies. Já na entrada, a recomendação de colocar um tapete embebido em água sanitária para desinfetar os calçados permanece. No mais: procure deixar máscaras e frascos com álcool em gel disponíveis em todos os espaços. Isso vai motivar os pacientes a higienizarem as mãos antes e depois dos atendimentos. Na sala de espera, aumente o quanto for possível a distância entre os assentos. Manter distância de 1 metro entre eles é o ideal.
E sabe aquelas revistas, canetas e demais itens compartilhados? É bom deixar de lado, por enquanto. Outras boas sugestões são limitar a entrada de acompanhantes e sempre manter portas e janelas abertas para melhorar a circulação do ar. Da mesma forma, colar cartazes com orientações gerais pelos espaços é uma ótima ideia!
Atendimento em si
A higiene deve continuar rigorosa. Mantenha o ritual de lavar as mãos por no mínimo 20 segundos antes e depois da retirada de luvas, além de realizar a secagem com papel-toalha.
E proteger as mucosas de olhos, nariz e boca durante os procedimentos continua sendo essencial. Além disso, o profissional deve manter o uso de todos os equipamentos de proteção individual (EPI): máscara cirúrgica N95 PFF2, luvas, avental impermeável, touca e, de preferência, também o protetor facial ou viseira.
E mais: a máscara deve ser trocada a cada paciente e mais de uma vez no mesmo atendimento, caso este ultrapasse quatro horas contínuas ou se a máscara ficar úmida. Do mesmo modo, a higienização dos instrumentos utilizados, incluindo o face shield (protetor facial) ou óculos, deve continuar sendo feita com todo cuidado e de modo rotineiro. E sabe aquele bate-papo que era comum para deixar o paciente um pouco mais relaxado e à vontade? Daqui para a frente, o melhor é minimizar as conversas ao que for imprescindível para o bom andamento da consulta. Evitar falar diminui os riscos de contaminação.
E tem mais: equipamentos como aventais, gorros e máscaras devem ser descartados.
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