O aumento da prevalência do diabetes é um problema de saúde pública mundial. De acordo com o Atlas Diabetes 2021, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), são hoje 537 milhões de pessoas convivendo com a doença, o que significa que um em cada dez adultos no nosso planeta hoje é diabético.
A situação é considerada alarmante: até 2030 estima-se que o número de diabéticos alcance 643 milhões, chegando a 784 milhões, em 2045.
O Brasil, de acordo com o Atlas, ocupa o sexto lugar no ranking global, com mais de 15 milhões de cidadãos afetados por esse mal.
Ou seja, o número de diabéticos está crescendo em ritmo acelerado!
Com o aumento da expectativa de vida, a taxa de pacientes com a doença que buscam o tratamento de implante dentário também segue aumentando.
Porém é preciso destacar alguns pontos importantes sobre a reabilitação oral para este público. Para abordar esse tema relevante, convidamos o Dr. Fernando Hayashi, Mestre e Doutor em Periodontia e consultor científico da S.I.N. Implant System. Vem conferir!
O que é diabetes?
É uma doença metabólica crônica que afeta a capacidade do organismo de produzir ou utilizar insulina, hormônio produzido no pâncreas com papel-chave no controle da glicose no nosso sangue. Existem dois tipos principais da doença: tipo 1 e tipo 2.
O diabetes tipo 1 pode se desenvolver em qualquer idade, mas ocorre com maior frequência em crianças e adolescentes. Nos portadores deste tipo, o corpo produz muito pouca ou nenhuma insulina, o que significa que existe a necessidade de injeções diárias do hormônio para manter os níveis de glicose no sangue sob controle. Já o diabetes tipo 2 é mais comum em adultos e tem maior predominância na população. Neste caso, o corpo não faz bom uso da insulina que produz. O controle do tipo 2 está diretamente ligado a um estilo de vida saudável, com dieta adequada e prática regular de exercícios físicos. Ainda assim, no entanto, a maioria das pessoas deste grupo precisa de medicamentos orais e/ou insulina para manter seus níveis de açúcar no sangue ajustados.
Acima de tudo, a doença requer um rigoroso controle, pois, a longo prazo, altos níveis de glicose podem trazer complicações sérias, atingindo outros órgãos, como coração e artérias, rins, olhos e nervos, entre outros.
Afinal, quem tem diabetes pode colocar implante?
É aí que está a boa notícia: sim, desde que a doença esteja controlada.
“Inclusive, estudos mostram que o índice de sucesso dos implantes em diabéticos é praticamente igual ao das pessoas que não sofrem do mal”, destaca Hayashi. Ou seja, o procedimento é bastante seguro para estes indivíduos!
Como deve ser o atendimento ao paciente diabético?
A primeira ação do dentista quando alguém busca um implante dentário é fazer uma anamnese bem-feita. Nesta entrevista sobre a saúde global, caso o dentista note que há qualquer chance de que a pessoa seja portadora de diabetes (pois muitos são, mas não sabem), é preciso solicitar exames como glicemia, hemograma, hemoglobina glicada e, ainda, o radiográfico. Caso os resultados estejam alterados, a pessoa deverá primeiramente ser encaminhada para um endocrinologista, para que dê início às medidas de controle da doença antes de começar o tratamento odontológico.
E mesmo quando a doença está estabilizada, é imprescindível que o implantodontista avalie bem o quadro clínico do indivíduo. O profissional precisa saber o tipo (1 ou 2); o estágio em que a doença se encontra; se ela está controlada ou não e qual o valor da hemoglobina glicada (esse exame identifica a taxa da glicemia em períodos prolongados). Dessa forma, será possível prever e manejar as prováveis evoluções desfavoráveis na realização dos implantes dentários.
“É fundamental, ainda, que o dentista esteja ciente sobre as medicações utilizadas pelo diabético”, completa o especialista.
Que cuidados os diabéticos devem ter com relação aos implantes?
Deu tudo certo nos exames, a avaliação do dentista foi positiva e a cirurgia foi marcada? Maravilha! Após a colocação dos implantes, os cuidados são os mesmos orientados para quem não têm a doença. Ou seja, é preciso que o paciente esteja atento à higiene bucal, utilize os medicamentos prescritos, faça o mínimo esforço possível nas primeiras 48 horas após o procedimento, bem como adote inicialmente uma dieta líquida e pastosa.
Após o término do tratamento, devem ser agendadas visitas periódicas ao consultório. Essa manutenção dos implantes, aliás, é idêntica à que deve acontecer quando os dentes são naturais. “Mas, especialmente para diabéticos, a recomendação ganha ainda mais força. É que algumas pesquisas apontam que quem sofre desse mal pode precisar de um acompanhamento adicional, em função de maior risco de processos inflamatórios na cavidade bucal”, diz Hayashi.
Fique sabendo: os implantes trazem mais qualidade de vida para os portadores do diabetes!
É isso mesmo! Não só os implantes dentários são seguros para os diabéticos, como também podem melhorar sua saúde e qualidade de vida.
Muitos médicos, aliás, recomendam os implantes dentários para os diabéticos a fim de prevenir o agravamento da doença. Isso porque a mastigação deficiente ocasionada pela falta de elementos dentários favorece uma dieta mais baseada em carboidratos (que são moles e facilmente deglutidos), o que acaba por elevar a glicemia e prejudicar o controle da doença. Ah, e alimentos que exigem uma mordida mais vigorosa, como vegetais nutritivos e ricos em fibras, podem se tornar de difícil deglutição.
E tem mais: comparada com os implantes, as dentaduras são próteses muito mais propensas a se movimentar, causando sensibilidade nas gengivas e eventuais feridas na cavidade bucal. E quando isso ocorre, as pessoas sofrem com irritação e desconforto, e normalmente passam a comer menos ou a selecionar alimentos nada nutritivos. Resultado: o quadro tem um impacto muito negativo de modo que é quase impossível manter a glicemia sob controle!
Mas, calma, que é possível reverter essa história. Com a correção da função mastigatória pelos implantes dentários, o indivíduo consegue adotar uma dieta mais saudável, rica em proteínas, verduras e leguminosas. E, consequentemente, a glicemia passa a ser mais facilmente controlada. Fantástico, não é mesmo?
“Então, além de ajudar os pacientes a manter uma dieta equilibrada, como dissemos anteriormente, os implantes eliminam o risco de lesões e processos inflamatórios, que ocorrem com frequência no caso do uso de próteses removíveis”, afirma Hayashi.
Superfície Plus: conheça a tecnologia que pode favorecer os diabéticos
Agora que você sabe que pacientes diabéticos controlados podem ser tratados com implantes, vale reforçar que os implantes da S.I.N. com a exclusiva Superfície Plus podem ajudar pacientes sistemicamente comprometidos. Isso porque estudos vêm demonstrando que superfícies modificadas bioativas têm potencial para facilitar o processo de osseointegração, o que pode ser de grande valia em pacientes com algum déficit de resposta biológica, como os diabéticos. E aí, gostou deste artigo? Nós, da S.I.N. Implant System, estamos aqui para ajudar você a conquistar o máximo sucesso no seu dia a dia como dentista. Para conferir outras dicas sobre o mundo dos implantes, siga nossas redes sociais: Facebook e Instagram e também nosso canal no YouTube.