Temas Técnicos

As diferenças entre a moldagem tradicional e a digital na Implantodontia

As diferenças entre a moldagem tradicional e a digital na Implantodontia

O planejamento cirúrgico foi criterioso e a colocação do implante, perfeita. Muito bem! Mas ainda não acabou.  Afinal, a reabilitação oral só termina com a instalação da prótese. E, nessa etapa, o sucesso está ligado à moldagem correta.

Modelos imprecisos, com bolhas e poucos detalhes, podem comprometer o resultado final da prótese e causar insatisfação ao paciente, já que a prótese bem adaptada é a parte mais visível do tratamento.

Para abordar esse tema tão importante, convidamos o dr. Felipe Moura Araujo, mestre e doutorando em Implantodontia e embaixador da S.I.N. Implant System.

Moldagem tradicional: método consagrado (mas com várias etapas!)

Usada há muitos anos e já bem conhecida dos dentistas, a moldagem tradicional reproduz os detalhes anatômicos do sorriso. Emprega diversos materiais, como alginatos, pasta zinco enólica e silicones, colocados em uma moldeira que é encaixada sobre a área em tratamento. Então, a massa cria uma cópia negativa da maxila ou da mandíbula do paciente e depois é preciso jogar sobre ela o gesso (fazer o chamado vazamento de gesso), para formar o desenho da arcada.

Assim, esta modalidade abrange várias etapas. Vamos lá: o dentista precisa, primeiro, manipular o material no tempo certo e na quantidade certa, depois escolher a moldeira mais conveniente (aberta ou fechada conforme o caso, se o implante for único ou múltiplo) e deixar o material na boca do paciente pelo tempo necessário.

Por fim, fazer o vazamento de gesso e aguardar o endurecimento desse material para produzir um modelo livre de bolhas.

O que mudou com a tecnologia?

A moldagem digital dispensa os materiais convencionais. Ela agiliza demais o trabalho do dentista com a prótese, já que basta dispor de um scanner intraoral para fazer a varredura do interior da boca do paciente.

Funciona assim: o dentista parafusa o corpo de escaneamento (o jig) e movimenta o scanner na cavidade oral. Então, o aparelho se encarrega de coletar as informações que serão transmitidas a um software. Ou seja, ganha espaço apenas uma etapa de moldagem (em vez de várias), o que reduz o tempo desse procedimento! Mais um ponto a favor é a fidelidade. Isso porque, com a diminuição do número de etapas, o risco de eventuais distorções na prótese é reduzido, obtendo-se uma reprodução mais precisa das arcadas do paciente.

Tem mais: com a moldagem digital, dá para conferir imediatamente o modelo da prótese (tridimensional, na tela do computador!). Se o dentista achar que alguma área da boca não foi bem retratada, basta escaneá-la novamente. Só para efeito de comparação, na moldagem convencional, é preciso esperar de uma hora a uma hora e meia para o gesso secar e só então avaliar a qualidade da prótese. Caso não esteja de acordo, pode ser necessário repetir todo o procedimento numa próxima consulta.

Vale a pena dizer sim para a moldagem digital (entenda o porquê)

O fluxo eletrônico de informações permite ao dentista enviar os dados para um laboratório de sua cidade ou recorrer ao trabalho de um protético de um local mais distante fazendo a transmissão em alguns minutos, sem ter que depender do correio. 

Finalmente, a técnica digital torna a experiência do paciente mais agradável, não só pela redução do tempo do procedimento, mas sobretudo por afastar o risco de ânsia de vômito que pessoas sensíveis podem ter em contato com a massa na moldeira. O scanner faz o escaneamento sem desconforto para o paciente.

Mas e o custo benefício?

Para fazer a moldagem digital, o dentista precisa adquirir um scanner intraoral. Ah, vale lembrar que o aparelho é versátil, sua aplicação em consultório não se limita à moldagem. Mas olha que incrível: se for considerar apenas esse uso, com a redução do tempo de atendimento (hora clínica) e da necessidade de insumos, os custos da moldagem digital tendem a se equiparar aos da tradicional em curto e médio prazo para dentistas com um volume menor de atendimentos. Já para os profissionais com volume médio ou grande de pacientes, a tendência é a versão digital tornar-se mais barata que o processo convencional!

Uma boa opção é o scanner intraoral MEDIT i700, que agora a S.I.N. oferece graças a uma parceria com a fabricante.

Um pouco mais sobre as diferenças entre a moldagem tradicional e a digital na Implantodontia

A moldagem convencional é respaldada por uma vasta literatura, portanto está consolidada tanto científica quanto clinicamente pela experiência dos dentistas no consultório. A moldagem digital é mais recente, por isso não há trabalhos de longo prazo a respeito dela. Nos últimos dez anos houve uma notável evolução dos softwares, porém os estudos validando esta tecnologia não caminham na mesma velocidade. Ainda não existe consenso, por exemplo, se a moldagem digital consegue ser tão abrangente quanto a convencional em regiões extensas da mandíbula ou da maxila. Mas considerando o quanto esse campo tem avançado e o número de pesquisas em andamento, espera-se que esse gap seja sanado em curto espaço de tempo.

E aí, gostou deste artigo? Nós, da S.I.N. Implant System, estamos aqui para ajudar você a conquistar o máximo sucesso no seu dia a dia no consultório. Para conferir outras dicas sobre o mundo dos implantes e da Odontologia, siga nossas redes sociais: Facebook e Instagram e também nosso canal no YouTube.


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