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Anamnese odontológica: como conduzir da melhor forma?

Anamnese odontológica: como conduzir da melhor forma?

Para oferecer atendimento de alto padrão, é fundamental que o Dentista conheça os Pacientes, suas particularidades e hábitos. Essas informações são facilmente obtidas por meio da anamnese odontológica, que nada mais é do que uma ficha que concentra dados do Paciente, tais como doenças preexistentes, vícios e hábitos, entre outros. Saber como conduzir a anamnese da melhor forma, portanto, impacta positivamente na qualidade dos atendimentos.

Ah, além de ser uma ferramenta que ajuda a identificar possíveis complicadores do tratamento, a anamnese também possibilita que o Dentista tenha uma visão mais humanizada do Paciente. Convidamos o Dr. Roberto Pessoa, Implantodontista e Embaixador da S.I.N. Implant System, para falar mais sobre o assunto.

Dicas para a anamnese de sucesso

O processo da anamnese começa logo na chegada do Paciente, que costuma vir ao consultório com um certo nível de tensão e ansiedade. Nesse sentido, a anamnese é um bom momento para iniciar a construção de uma relação de confiança com a pessoa. Para começar, o “olho no olho” deixa o Cliente mais confortável e ajuda a fluir a conversa. Mas não só isso: também transmite acolhimento e empatia, muito importantes nessas horas.

Quanto mais relaxado o Paciente estiver, naturalmente mais informações ele vai dar! Também é importante que a pessoa entenda os motivos da anamnese, como buscar a excelência nos procedimentos, maior segurança e o uso dos métodos mais adequados para o caso. 

Por isso, Dentista, vale sempre utilizar um roteiro, para não esquecer de nenhuma pergunta e, se sentir necessidade, vá adicionando outras questões  conforme o andamento da conversa. 

Ah, se for uma criança ou um jovem, a comunicação deve seguir de maneira mais lúdica e acessível, beleza?

Se achar que facilita, também dá para entregar um questionário para o Paciente responder enquanto ainda estiver aguardando pelo atendimento. Se optar por este formato, a conversa vai servir para complementar informações, a partir do que já foi dito. 

Ao finalizar a anamnese, o Dentista deve explicar para o Paciente que, a partir das informações, o tratamento será planejado. Outro detalhe importante é manter a anamnese sempre atualizada, pois diversos acontecimentos têm potencial de influenciar no tratamento. 

Os 6 pontos fundamentais da anamnese

Segundo o Dr. Pessoa, são seis os pilares básicos na anamnese odontológica:

Histórico familiar e doenças preexistentes

Antes de tudo, o Dentista deve saber se o seu Paciente tem algum problema de saúde. Doenças cardíacas, diabetes, hipertensão e patologias transmissíveis por fluídos são algumas das que oferecem maior risco para os procedimentos odontológicos. Além disso, especificamente para demandas de implantes dentários, é importante identificar problemas ligados a reparos ósseos, como a osteopenia e a osteoporose.

Uso de medicamentos

Estar ciente sobre as medicações de uso contínuo e recente também é necessário porque algumas classes de remédios, como os anticoagulantes e os bifosfonatos, podem tornar o tratamento e a recuperação mais complexos. 

Alergias

É fundamental saber se o Paciente tem alergia, pois certos medicamentos comumente utilizados no pós-operatório, assim como determinadas anestesias, podem ser tóxicas para algumas pessoas. Outra alergia muito comum é ao látex, por isso, já existem no mercado luvas cirúrgicas sem látex para o tratamento de Pacientes alérgicos ao material.

Motivo da consulta

Principais queixas, descrição dos sintomas (e também quando começaram e em que circunstâncias), se medicamentos estão sendo utilizados (desde quando e quais), eventos desencadeadores do problema.

Tratamentos prévios

É preciso saber se o Paciente já realizou alguma cirurgia e/ou tratamentos. Isso impacta na hora de escolher os métodos mais adequados para aquele caso.

Vícios

Apesar de ser um tema delicado, é preciso abordar sobre o uso de drogas lícitas ou ilícitas. Fumar, por exemplo, é um hábito que afeta de forma negativa a saúde bucal como um todo, provocando ressecamentos das mucosas, diminuição da saliva e impactando na circulação da cavidade oral. Por tudo isso, é importante saber se o Paciente é fumante (e quantos cigarros consome diariamente), para o Dentista alertar sobre os cuidados no pós-operatório e eventuais complicações que possam surgir em razão do tabagismo.

A anamnese também tem caráter educativo!

Durante a anamnese, o Dentista deve explicar para o Paciente sobre todas as variáveis envolvidas no tratamento. Isso porque a anamnese também deve ter caráter educativo, ou seja, o Paciente precisa estar bem instruído sobre o passo a passo dos procedimentos, bem como dos resultados esperados. É claro que o objetivo, aqui, não é assustar os Clientes, até mesmo porque as estatísticas mostram que problemas são raros na odontologia, porém, cada organismo é único e os resultados podem ser diferentes para cada um.

Nesse sentido, o Dr. Pessoa recomenda, inclusive, que todo Cliente assine um “Termo de Livre Consentimento Esclarecido”, declarando conhecer as variáveis do tratamento e possíveis condições que possam impactar o resultado final. Ah, a gente tem um post totalmente dedicado à abordagem de resultados com os Pacientes que você pode conferir clicando aqui.

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