Prótese parafusada ou cimentada: existe uma melhor do que a outra? A resposta é não. Isso porque o profissional deve tomar a escolha da prótese de acordo com sua preferência, ancorada em sua experiência, bem como na situação clínica. De forma geral, independentemente da técnica, o sistema de retenção, oclusão, custo, estética, reversibilidade, resistência, complicações e durabilidade podem proporcionar excelentes resultados. Vale lembrar, também, que ambas têm suas vantagens e limitações.
Convidamos o Dr. Sergio Lago, Implantodontista, Doutor em Periodontia e Embaixador da S.I.N. Implant System, para explorar esse assunto.
A hora da escolha
Algumas perguntas são determinantes para o Dentista selecionar qual é o tipo de prótese que vai fazer sobre o implante. São elas:
Qual é o tipo de implante: Cone Morse, Hexágono Externo ou Hexágono Interno?
A prótese é unitária ou múltipla
Qual é o posicionamento do implante?
Perguntas respondidas, vamos conhecer melhor as próteses parafusadas
Como o próprio nome já diz, essas próteses são fixadas diretamente no implante, apenas com retenção mecânica do parafuso no implante ou intermediário protético. Por isso, essa é uma técnica totalmente reversível, ou seja, a prótese pode ser tirada e colocada no implante com muita facilidade.
Dessa forma, portanto, uma enorme vantagem da prótese parafusada é que ela possibilita a remoção dos componentes para manutenção sem danos na sua estrutura, principalmente em caso de próteses múltiplas e unidas, sendo possível remover a restauração do acesso do parafuso, remover a conexão protética e realizar a manutenção dos componentes, aperto do parafuso e a limpeza dos tecidos moles.
No entanto, em alguns casos, não se pode parafusar a prótese corretamente devido à localização do implante. O segredo, neste caso, reside no posicionamento adequado do implante, que se baseia em um bom planejamento. Contudo, em algumas situações, o paciente pode ter uma estrutura óssea que apenas permita a cimentação da prótese.
Vale lembrar que esse tipo de prótese está sujeito à soltura ou fratura de parafusos, por isso é fundamental que o Dentista fique atento à força de aperto indicada pelo fabricante da peça.
E mais: profissionais que optam por fazer próteses parafusadas precisam seguir um roteiro bem cuidadoso, realizando um planejamento reverso, ou seja, delimitando cada fase do processo com antecedência. Para isso, o Dentista pode usar a tecnologia a seu favor com a ajuda de tomografias computadorizadas, scanners intraorais ou, até mesmo, a cirurgia guiada, procedimentos que aumentam a precisão e a previsibilidade na instalação do implante.
Anota aí: no caso de restaurações mais extensas, com próteses protocolo de quatro ou mais implantes, o método utilizado deve ser obrigatoriamente o parafusamento.
E agora, as próteses cimentadas!
Nesse tipo de prótese, a retenção é obtida por meio da utilização da técnica de cimentação. A grande vantagem da prótese cimentada é a estética do dente, que fica melhor do que a estética proporcionada pelas próteses parafusadas.
Por outro lado, uma grande desvantagem é a dificuldade de manutenção, pois o parafuso de remoção do dente fica oculto dentro do pilar da coroa. Em alguns casos, é preciso realizar o corte da coroa para alcançar o pilar, o que pode ocasionar a perda total dessa coroa, sendo necessária confecção de uma nova peça protética.
No entanto, outra característica importante é que as próteses cimentadas apresentam superfícies oclusais íntegras, o que significa que elas direcionam com facilidade as forças oclusais ao longo do eixo do implante. Isso ocorre porque os contatos oclusais acontecem diretamente sobre a coroa e não sobre o material restaurador que oblitera o orifício de acesso aos parafusos, como é o caso das restaurações parafusadas).
Por isso, as pessoas costumam utilizar essas próteses em reabilitações unitárias, onde o ponto focal da escolha geralmente é o apelo estético.
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